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Publicada por
José Carlos Sousa
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Maroiço significa, literalmente, “monte de pedras”. Que símbolo tão redutor para o tanto que ganhamos na Rota do Maroiço, com os Solas Rotas.
Não foi só a grandeza e diversidade de espaços e as suas vistas maravilhosas; foram momentos espetaculares, como se estivéssemos em casa, rodeados de amigos. Alguém disse “Existem momentos inolvidáveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis” – foi isto o que aconteceu.
Estavam reunidos os condimentos essenciais para o sucesso: condições meteorológicas fantásticas, um trilho tanto memorável como surpreendente e caminheiros generosos e sensíveis – que mais se poderia esperar?
Começamos a nossa caminhada no Parque de Campismo da Queimadela, logo a seguir à sessão de “striptease” e de “besunto”, com os exageros justificados pelo sol que já queimava. Com a cara e o cabelo todo branco, sobre corpos morenos, parecíamos jovens de uma tribo africana, antes de eventos e rituais de iniciação. Divertimo-nos imenso com a situação e ninguém se inibiu de se proteger para enfrentar os perigos da exposição ao brilhante astro.
Ainda no início do nosso roteiro, imaginem, um grande lago, ladeado por um longo e franco caminho, com árvores a fazer boa sombra e os 16 caminheiros em plena contemplação. Hipnose pura…
Calor abundante, e do lado direito, mesmo ali perto, a água espelhava toda a frescura, prendendo-nos o olhar. Ficava prometida uma boa banhoca no regresso.
As subidas rapidamente foram vencidas com poupança de energia porque restavam ainda 22 km. As sombras eram longas por entre carvalhais e, de vez em quando, patamares de prados verdes que convidavam ao deleite do gado, por entre os abundantes regatos de água que sonorizavam esse quadro bucólico.
Em direção à Serra do Maroiço passamos por pontos de interesse que mereceram a nossa atenção: Lugar do Monte, Casal de Estime, Luilhas e Queimadela. São aldeias serranas, graníticas, com um casario quase sempre bem cuidado e com habitantes muito acolhedores.
Chegados ao topo da Serra que dá nome ao trilho, ficamos arrebatados e agradecidos pela oportunidade.
Na direção dos ponteiros do relógio, e partindo do poente, conseguimos voar com o olhar, e distinguir, por entre alguma neblina, a cripta do Santuário da nossa senhora do Sameiro em Braga, o Castelo da Póvoa do Lanhoso, a Serra do Gerês, a Albufeira do Ermal, a Cabreira, o Alvão e o Marão.
Não me recordo de uma paisagem tão magnificente. Um dos pontos mais imperdível é a Fraga Branca, sobre o Gerês, onde as serras se encostam, para darem forma à albufeira do Ermal.
Depois do descanso para retemperar forças e mitigar alguma fome, tiraram-se as fotos de grupo. Reinava a boa disposição, as brincadeiras sucediam-se e cada um procurava a melhor estratégia para animar a malta.
Já no regresso visitamos a aldeia designada por “Luilhas” e “Queimadela”. Apreciamos a arquitetura das casas, quase sempre com aspeto rejuvenescido, feitas de enormes blocos de cantaria e lateralmente, os gigantes ex-libris do Minho, os espigueiros.
Para terminar em beleza, e já do outro lado da Barragem de Queimadela, caminhamos sobre um passadiço que nos levou a um espaço enorme, preparado para o convívio e, acredito, também para a degustação de fantásticos pitéus.
Assim terminou mais uma caminhada, onde não faltaram pontos de interesse e o ensejo de crescermos física, psicológica e socialmente.
Obrigado a todos os Solas Rotas.
Venha mais uma ....
Adelino Ramos
Não foi só a grandeza e diversidade de espaços e as suas vistas maravilhosas; foram momentos espetaculares, como se estivéssemos em casa, rodeados de amigos. Alguém disse “Existem momentos inolvidáveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis” – foi isto o que aconteceu.
Estavam reunidos os condimentos essenciais para o sucesso: condições meteorológicas fantásticas, um trilho tanto memorável como surpreendente e caminheiros generosos e sensíveis – que mais se poderia esperar?
Começamos a nossa caminhada no Parque de Campismo da Queimadela, logo a seguir à sessão de “striptease” e de “besunto”, com os exageros justificados pelo sol que já queimava. Com a cara e o cabelo todo branco, sobre corpos morenos, parecíamos jovens de uma tribo africana, antes de eventos e rituais de iniciação. Divertimo-nos imenso com a situação e ninguém se inibiu de se proteger para enfrentar os perigos da exposição ao brilhante astro.
Ainda no início do nosso roteiro, imaginem, um grande lago, ladeado por um longo e franco caminho, com árvores a fazer boa sombra e os 16 caminheiros em plena contemplação. Hipnose pura…
Calor abundante, e do lado direito, mesmo ali perto, a água espelhava toda a frescura, prendendo-nos o olhar. Ficava prometida uma boa banhoca no regresso.
As subidas rapidamente foram vencidas com poupança de energia porque restavam ainda 22 km. As sombras eram longas por entre carvalhais e, de vez em quando, patamares de prados verdes que convidavam ao deleite do gado, por entre os abundantes regatos de água que sonorizavam esse quadro bucólico.
Em direção à Serra do Maroiço passamos por pontos de interesse que mereceram a nossa atenção: Lugar do Monte, Casal de Estime, Luilhas e Queimadela. São aldeias serranas, graníticas, com um casario quase sempre bem cuidado e com habitantes muito acolhedores.
Chegados ao topo da Serra que dá nome ao trilho, ficamos arrebatados e agradecidos pela oportunidade.
Na direção dos ponteiros do relógio, e partindo do poente, conseguimos voar com o olhar, e distinguir, por entre alguma neblina, a cripta do Santuário da nossa senhora do Sameiro em Braga, o Castelo da Póvoa do Lanhoso, a Serra do Gerês, a Albufeira do Ermal, a Cabreira, o Alvão e o Marão.
Não me recordo de uma paisagem tão magnificente. Um dos pontos mais imperdível é a Fraga Branca, sobre o Gerês, onde as serras se encostam, para darem forma à albufeira do Ermal.
Depois do descanso para retemperar forças e mitigar alguma fome, tiraram-se as fotos de grupo. Reinava a boa disposição, as brincadeiras sucediam-se e cada um procurava a melhor estratégia para animar a malta.
Já no regresso visitamos a aldeia designada por “Luilhas” e “Queimadela”. Apreciamos a arquitetura das casas, quase sempre com aspeto rejuvenescido, feitas de enormes blocos de cantaria e lateralmente, os gigantes ex-libris do Minho, os espigueiros.
Para terminar em beleza, e já do outro lado da Barragem de Queimadela, caminhamos sobre um passadiço que nos levou a um espaço enorme, preparado para o convívio e, acredito, também para a degustação de fantásticos pitéus.
Assim terminou mais uma caminhada, onde não faltaram pontos de interesse e o ensejo de crescermos física, psicológica e socialmente.
Obrigado a todos os Solas Rotas.
Venha mais uma ....
Adelino Ramos
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