23ª Caminhada: Trilho de Monte Faro à Lupa

Era uma vez…. Um grupo de faroleiros que decidiram fazer o trilho de Monte Faro. Após quase dois meses de imobilidade do grupo (motivo: férias) assim começou o nosso novo calendário de caminhadas.

Com Valença por perto, no Lugar de Vilar, esconde-se entre montes e vales, entre a Serra de D'Arga, o Monte Santa Tecla (Galiza), no meio do arvoredo e de paisagens a perder de vista, o nosso primeiro percurso da época 2011-2012.

Antes de iniciarmos a caminhada, ficou garantido que a nova época começava de acordo com todas as recomendações internacionais de segurança, com um Kit de primeiros socorros adequado, completo e acomodado numa bolsa cor -de – rosa chique- choque, a combinar com a socorrista de serviço- eu- uma mulher sempre sofisticada, mesmo no meio do monte. O saco da Kitt como ficou então baptizado!

Começámos logo ali, uns degraus abaixo, na Capela da Sra. do Faro que só pudemos admirar por fora, acompanhada da sua árvore centenária, que solidária a guarda de dia e noite.


Com um pequeno desvio, continuámos rumo ao miradouro de Santa Ana, onde iríamos encontrar uma pequena capela com o mesmo nome. Capela felizarda pela paisagem que tem o privilégio de espreitar todos os dias, a perder de vista, com o rio Minho ao fundo. Miradouro digno de tal função, permitiu-nos espreitar uma miragem que maravilha mesmo em dias foscos como o que tivemos no passado dia 9. Foi aí que tirámos mais uma fotografia de grupo.




Foto do grupo

Com a chuva sempre à espreita, regressámos ao caminho que nos levaria por entre florestas e descampados, pequenas subidas e descidas (uma grande descida! ) até à capela seguinte, a de S. Ouvidío (não Ovidíeo ou Ouvido!!!). Neste trajecto acompanhou-nos sempre uma paisagem surpreendente.


O gosto do grupo por desportos radicais não podia ficar esquecido e neste trajecto pequeno, escolhido para desenferrujar, tivemos o nosso ponto máximo de adrenalina, quando partilhámos A DESCIDA do percurso com um grupo de espanhóis motoqueiros, que teimavam em subir sobre duas ou quatro rodas, o que nós a pé, descemos mais ou menos aos trambolhões.

Não faltou o entusiasmo do Leonel em honrar a sua alcunha, e tentar assim cair desamparado no meio de duas donzelas que desesperadamente o tentaram salvar! Já todos pensávamos que o bendito estojo da Hello Kitt ia ter serventia.



Com o espectáculos dos motoqueiros e animados pelas mariolas do caminho,



seguimos, já com fome, rumo ao parque de merendas. Junto a este, um parque infantil, que faria certamente as delícias dos mais pequeninos.

Apesar da fome, tínhamos ainda mais um local de peregrinação em vista antes da refeição: a Capela de Santo Ouvídio. Mais um local abençoado por uma paisagem magnífica. Um bom local para um tempo de conversa com os amigos ou para uma contemplação mais solitária.




Porque a fome apertava, lá voltámos do desvio para o desejado parque de merendas, onde matámos a fome, lutámos com abelhas gulosas que teimavam em nos rondar e assustar os mais medrosos.



Já saciados e com um cafezinho no buxo, lá fomos caminho fora, desejosos de encontrar exemplares da fauna e flora desta zona do país. Foi no meio de um bosque de pinheiros, castanheiros e outras espécies diversas que vimos aqueles belos exemplares da espécie equina: os garranos.



Em liberdade, num espaço que lhes pertence, sem barreiras, deixaram-nos espreitá-los, com a distância devida. Numa postura de indiferença pelo grupo que os admirava ao longe, continuaram pela floresta dentro, até desaparecerem. Do chão, numa dimensão diferente espreitavam também os animais mais estranhos ( como esta cigarra, segundo me disse mais tarde um entendido na matéria!)



A flora também nos encantou, com os diversos tons de verde, amarelo da urze e da vegetação rasteira e os diversos tons de verde do bosque de coníferas.



Fica no entanto a nota de tristeza ao encontrar parte do pinhal queimado. Apesar de isso nos abrir o campo de visão até mais longe, não deixava de ser desolador.

Posto isto, regressámos, ao ponto inicial, onde o grupo se reuniu para a entrega dos habituais prémios anuais.

Abrimos assim a temporada com um percurso simpático, um estojo da Hello Kitt, uns trambolhões da praxe e uma entrega de prémios "2011/2012". Porque nos soube a pouco, rumámos depois já de carro até Valença, onde teimámos entre a chuva visitar o forte. Não sem antes fazer um reforço energético com um delicioso Valenciano…

Venha a próxima, soube a pouco!

Mais Informação:
  • Percurso: Trilho de Monte Faro
  • Local: Valença
  • Partida/Chegada: Capela de Monte Faro (N 42º 1' 33'' / W 8º 35' 55'')
  • Tipo: Circular
  • Distância: 7,5 km
  • Time: 2 horas (tempo real)
  • Grau: Fácil
  • Sinalização: Média
  • Pontos de Àgua: Inexistentes
  • Exposição Solar: Alta
  • Pontos de Interesse: Capela Monte Faro, Ermedia Santa Ana, Miradouro Santa Ana, Ermida Santo Ouvidio
  • Participantes: Sérgio, Jorge, Carlos, Mikhaela, Luís Silva, Conceição, Kati, Marta, Luís, Alexandra, Sergio Silva, Carla, Dores, Sónia Oliveira, Francisco, Leonel, Mário, Joana, Manuel Silva, Vitor, Catarina Maia, Anabela, Peter, António, Paulo, Rosária, Rodrigo, Sofia, Celeste, Carlos Cebolo, Lígia, John, Cristina, Maria Jose, Julio, Filipe, Lurdes, Joaquim, Marta Cristiana, Susana Monção, Pinheiro (82 solas)
  • Dicas: Água, roupas adequadas às condições atmosféricas, bastão
  • Mapa:Aqui
  • Organização: Solas Rotas
  • Outras informações: Monte Faro, Câmara Municipal Valença
  • Mais trilhos: Aqui
MapaKMLGráfico de Altitudes

Comentários

  1. Saudações Pedestres,
    o relato de mais esta aventura excelente mas com uma falha grave na parte gráfica; falta a foto de grupo sempre muito importante ;-) cumps.

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  2. A pedido de vários membros, já foi publicada a foto de grupo.

    Saudações Pedestres

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