terça-feira, 19 de maio de 2009

Vereda dos Balcões na Madeira

Boas Amigos

Deixo-vos aqui um pequenino cheirinho do que será as Levadas e Veredas da Madeira, o qual espero voltar para as fazer, e se possível com todos os SRs.
Esta Vereda situa-se na povoação de Ribeiro Frio, bem conhecida pelos seus viveiros de truta.


Mapa da Vereda e mais algumas indicações úteis.


Aqui podemos ver o nosso grupo, embora pequeno (8 pessoas), era universal (2 franceses; 4 ingleses; 2 portugueses), de todos eles a destacar a nossa mais recente Katy.


Katy numa ponte antiga


Katy mais uma vez....vesse logo quem era o fotografo


Vista sobre as lindas montanhas e a sua densa floresta (Laurissilva)


Sempre acompanhados por uma levada, por vezes tínhamos que passar entre as montanhas, perdendo o contacto visual com as linda floresta.


Os poucos kms que tem esta Vereda, leva-nos a um lindo miradouro (Miradouro dos Balcões), o qual justifica o sacrifício para aqueles que não gostam de andar....sem palavras

Aqui a foto da praxe, dos dois membros que participaram na caminha. Katy (Principiante) e Saos (Fotógrafo)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Passeio do Lido na Madeira

Cá estamos nós novamente...
Desta vez percorremos um circuito de manutenção na Zona do Lido (Funchal), o qual se faz sempre pela costa, dando para apreciar a beleza do Oceano Atlântico, bem como as lindas flores. Numa zona de forte abundância de hotéis, este circuito liga o complexo balnear do Lido até a Praia Formosa.


Placa do início do circuito (Passeio Publico do Lido)


Passeio público do Lido


Antiga fábrica de carvão (Lido)


Katy em pose, com o Ilhéu do Lido ao fundo


Eu na fotografia, com o complexo Balnear da Ponta Gorda de fundo.


O circuito rodeado de árvores,e....hotéis


Depois começamos a descer para a praia formosa, no qual a podemos ver, bem como as Poças do Gomes.


Chegando ás Poças do Gomes, teremos que atravessar um túnel magnifico que irá dar á praia, no meio deste teremos 3 "janelas" o qual podemos deslumbrar a força do oceano embatendo na rocha.


Vista das "janelas"


Praia da Formosa


Final do Percurso (Passeio Público do Lido)

  • Nome: Passeio do Lido (Madeira)
  • Concelho: Funchal (Lido)
  • Início: Passeio Público do Lido
  • Tipo: Circular
  • Distância: 2 km
  • Tempo: 1h30m
  • Grau: Fácil
  • Pontos de Interesse: Passeio Público do Lido; Complexo Balnear Ponta Gorda; Poças do Gomes; Praia Formosa
  • Data: 2009.05.19
  • Participantes SR: saos; katy

sábado, 2 de maio de 2009

Marcha na Linha do Tua

Mayday... caminhada com pedido de ajuda eminente e no dia do trabalhador. Metade do grupo SR entrou no comboio em Campanhã, a outra metade, a direita, entrou em Ermesinde. Entre mais abraços do que beijos, lá fomos nos acomodando ao nosso lugar, uns à janela do lado do rio e outros nem por isso, e portanto, insatisfeitos. Quando as encostas do douro com as suas vinhas, por vezes ainda prematuras, iniciam a sua aparição, olho para o bilhete e entendo o porquê de nos sugerirem ir de comboio.


A paisagem é esplêndida, o rio é um espelho, e as encostas, com os seus humanos padrões feitos de vinha e pequenas casas dispersas vestidas de branco, reflectem-se nele. Sempre acompanhados das narcisistas encostas, que pariram tão famoso vinho, o Vinho do Porto, chegamos à estação do Tua, que fica em Carrazeda de Ansiães e onde tudo começa e acaba para cerca de 120 participantes.


Entre outros obstáculos que fomos ultrapassando, o campo minado de urtigas foi o mais problemático. Entre pequenas escorregadelas, houve uma que podia ter originado uma tragédia, um dos membros do grupo sentiu o toque de tigas, o que transforma tudo em... comichão. Mais tarde, a senhora da tasquinha por detrás da estação, disse: "Urtiguinhas! Isso não é problema por estas bandas. Não fazemos 20km para tratar isso".

Convém realçar também, o sentido de entreajuda entre participantes que é notório em situações difíceis, eu próprio cometi uma loucura e ajudei um perfeito desconhecido a superar o obstáculo.


Antes de chegarmos à aldeia do Castanheiro Norte, uma paragem na quinta do Sr. Jorge (ler senhor e não Solas Rotas). A pinga ai produzida foi colocada à disposição dos participantes, um vinho tratado, fino, generoso ou do Porto. Acima de tudo uma boa pinga para os entendidos. Se a subida foi difícil a descida do vinho foi fácil, no final da prova (para alguns maratona), agradecemos tal gentileza, e seguimos viagem. Os que meteram 98 octanas, nunca mais os vimos, tal era a velocidade de ponta com que subiram encosta acima.

Durante o almoço volante na aldeia, falamos com a D. São, que lá quebrou alegremente a sua rotina. Falou da aldeia, da linha do Tua, da população que vai e não volta e falou dos tempos que passou na Angola. Ainda se ofereceu para retirar as roupas do estendal da varanda, tantas eram as máquinas para lá apontadas. Agradecemos, mas a autenticidade que queríamos, ninguém nos tira.


Quando saímos da aldeia, fomos brindados com uma vista magnifica das vinhas e oliveiras do Douro. O olhar presencial é obrigatório para discernir os deliciosos pormenores, principalmente, na imensidão da paisagem.


No percurso vimos a poda da oliveira ou do oliveira, já não me recordo, mas estava a ser efectuada em pleno dia do trabalhador. Tudo isto me fez recordar a minha infância, não porque também fazia a poda das oliveiras, mas porque trocava os 'p' pelo 'f' e ignorava os 'r'. Porque me pediam para repetir constantemente: salada de fruta, batatas fritas, as fitas da porta?


Enquanto descíamos a encosta, o Rio e a Linha do Tua começavam a emergir na paisagem. Numa cumplicidade indisfarçável, amantes durante 138km desde 1883. Recentemente carregam o fardo de trágicos acidentes, que levou ao seu encerramento provisório, e da possível decisão de submersão pela albufeira prevista para a Barragem do Tua.


Chegamos à linha! All aboard! O comboio está novamente em marcha. Quem apita? Quem é o maquinista? Onde pára? Parará 2 km depois, na estação do Tua certamente.


Pelo percurso o Rio Tua e Minha família.


No túnel, escuro como o breu, a luz ao fundo. Que se cuidem os que têm vertigens, a ponte não facilitará a sua travessia. A minha (sagrada) família ainda comenta: "Se cair não passo nos espaços em aberto". "Não é só desvantagens para quem come bem", concluiu.


Toda a comitiva passa, com mais ou menos dificuldades, este último obstáculo. Ainda há tempo para eternizar numa foto, a magnifica vista do túnel e da sua amiga ponte.


Quando chegamos à estação, uma foto do grupo. O Nuno, bebedor de Tru Blood, ou seja, sumo de beterraba, participou pela primeira vez connosco. Já é sem dúvida um membro SR, tal foi a sua integração com os restantes esquisitíssimos membros. Esquisitos, porque raramente deixam de falar com pessoas desconhecidas. Baptizado por unanimidade (apenas eu) de numb3rs.


Chegando a este ponto, estou sem palavras, de tanto dizer asneiradas. Fica para a posteridade a determinação do grupo que nunca se cansou, principalmente numa caminhada considerada de muito fácil.

Termino com um agradecimento sincero aos (des)organizadores desta marcha, principalmente ao Jorge Amorim, na qual fui mantendo várias conversas de circunstancia bastante interessantes. Tive a oportunidade de lhe lembrar que foi com o Clube de Campismo do Porto que efectuei a minha primeira caminhada à cerca de um ano atrás. Foi a XI Marcha da Primavera em Lamas de Mouro.


Boa(s) caminha(das)

Boa(s) caminhada(s)