domingo, 25 de outubro de 2009

II Caminhada: Costa dos Castanheiros à lupa

Para preparar esta segunda caminhada organizada pelo nosso grupo Solas Rotas (SR), tínhamos feito um reconhecimento ao local duas semanas antes, e empolgados com a sua beleza, ainda fizemos cerca de 8 km no percurso Moinhos do Ave. No dia 25 de Setembro, com a concentração na Estação de Ermesinde às 7h, vinte e seis (26) solas marcaram presença. Oito (8) solas ficaram de estar no local da partida às 9h, no Café Turismo. Aproveito para clarificar que calço um par de meias, uso dois atacadores e duas botas. Outras solas, com a desculpa de estarem mesmo rompidas, dificilmente aparecem quando há possibilidade da ocorrência de chuva. Compreendo.

Quando chegamos à Aldeia de Agra em Vieira do Minho, ainda contactamos os restantes participantes, mas não foi possível se juntarem a nós. Um casal tinha-se enganado no caminho e iria chegar atrasado cerca de hora e meia, disseram para partirmos que eles iam logo atrás. O outro casal ficou incontactável e chegou meia hora depois de nós partirmos.


A chuva, companheira da nossa caminhada, não era muita nem constante, mas tinha algumas surpresas agradáveis para os mais persistentes. As ribeiras agora estavam cheias de energia e as cores do Outono estavam simplesmente divinais. Mais intensas e mais brilhantes.


Quando chegamos à represa, era evidente a sua impotência para reter o enorme caudal de água. Aproveitamos o bonito local para fazer a foto do grupo, com fotógrafo não incluído.




Quando as munições se acabaram, os fotógrafos pararam de disparar e a natureza voltou ao seu merecido descanso. Já na Serra da Cabreira, um convidado inesperado. O nevoeiro. Egoísta porque recusava-se a mostrar toda a área envolvente, que pela sua beleza merecia essa oportunidade.


Tínhamos andado cerca de 3 km e estávamos agora no Percurso da Costa dos Castanheiro, um percurso homologado e muito bem sinalizado. Aconselhamos a levar a família, crianças incluídas. O percurso é praticamente plano e muito belo. Se não tiver um jipe opte por deixar o carro perto do Café Turismo.


Pelo caminho encontramos este bonito casal de cogumelos. Deixo ao Francisco, um veterano do nosso grupo, a missão de o identificar.


Reflexos na água, nas variações de vegetação que sucessivamente iam aparecendo. Aqui eram cedros. Acho eu.


Inúmeros riachos correm pelas entranhas da Serra da Cabreira. Veias cheias de vida.


Na casa antiga da Guarda paramos para comer, mas a paragem foi curta porque alguns caminhantes tinham um pouco de frio. Então seguimos, seguimos o Ricardo que parecia que ia ter um encontro imediato de 3º grau. Ao longe avistavam-se SRNIs, Solas Rotas Não Identificados.


Os 6, 3 km do percurso homologado, incluido nesta caminhada, já tinham sido ultrapassados e estávamos de regresso ao ponto de partida. Tendo a hipotese segura de voltar pelo mesmo caminho, todos optaram em ligar o modo aventura e caminhar por caminhos nunca antes caminhados. Pelo menos pelos participantes, organizadores incluídos.

O risco era calculado, se não encontrássemos a passagem, voltávamos para trás. Eu disse ao chefe de fila, o Sérgio, "Se encontrares a passagem, tiro o meu chapéu!". A foto não mostra muita certeza no caminho a seguir ou alguém perdeu algo.


Seguimos rodados de tractor, pelo meio ou pelas beiras, o resto estava inundado de água. Subimos e descemos em cima de pedras e pelo meio de vegetação. Ultrapassamos um riacho com a ajuda da rocha que o Rocha colocou. Demos a mão ao Jorge que nos apoiou na travessia, que ele mesmo devolveu no final. Passamos por um rebanho de cabras, bode e cão de guarda incluído.
Até, que pelo comunicador ouvimos o Sérgio dizer, "Chegamos, encontrei a passagem". Eu disse,"Tiro o TEU chapéu", pois tinha prometido e o chapéu era mesmo dele.


Quando chegamos ao café, encontramos o simpático casal, cujo nome espero que me recordem. Um casal de aventureiros na sua caravana, prontos para qualquer desafio e com histórias fabulosas. Por exemplo, ficamos a saber que Cahora Bassa significa na língua CiNyungue, "acabou o trabalho".



Para terminarmos em beleza, ainda fizemos uma visita a Aldeia Histórica de Agra que é classificada como "Aldeia de Portugal". A aldeia está muito bem conservada, apenas poucos apontamentos a desfiguram, descortinamos um contador de luz mal posicionado, uma porta de alumínio e pouco mais. Existem ainda, dois museus na aldeia que não visitamos e ainda há os "petiscos da Aldeia de Agra", principalmente a vitela borrosã assada em forno a lenha.

Boa(s) caminha(das)

  • Nome: Trilho "Costa dos Castanheiros" (faz parte do percurso)
  • Local: Agra (Vieira do Minho)
  • Partida/Chegada: Café Turismo (Agra, Rossas, Vieira do Minho)
  • Tipo: Linear
  • Distância: 12 km
  • Grau: Fácil/Moderado (devido à chuva)
  • Data: 2009-10-25
  • Participantes SR: Jorge, Zé Luís, Álvaro, Sérgio, Carlos,Francisco, Catarina, José Carlos, Carla, Leonel, Nuno, Rocha, Ricardo
  • Duração: 3:50 h
  • Organização: Solas Rotas
  • Mapa: Costas dos Castanheiros - frente e verso

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mini Caminhada Sportzone

O dia 18 de Outubro (ver anuncio) começou de uma forma atribulada...com uma desistência de última hora devido a um problema fu(gaz )...mas a descontração dos SR estava em alta.



até que não se ouviu o tiro de partida...e lá fomos nós para a nossa caminhada de 12 Km



o ritmo estava lento...mas a língua não teve descanso



até que surge o recordista mundial da maratona Haile Gebrselassie ( com 27 records mundiais em várias distâncias).


Mas os SR não se entusiasmavam...e lá continuavam a caminhar devagar devagarinho...


Finalmente...meta à vista...agora é só fazer o percurso inverso, mais 6 Km a arrastar a carcaça.
Até à próxima.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

II Caminhada: Costa dos Castanheiros

ÚLTIMA HORA: Não se esqueçam que a hora muda no dia da caminhada, vamos dormir mais 1 hora.

Take Two. Olá, Olá SR,

Estamos de novo preparados para outro desafio, este um pouco mais acessível em nível de dificuldade, mas com mais quilómetros. Desta vez iremos até a linda Serra da Cabreira, em Vieira do Minho. O percurso sofreu uma ligeira alteração, o qual foi acrescentado alguns metrinhos, nada de grave. Este terá o seu inicio e fim na Aldeia Histórica de Agra.

Todos os interessados devem fazer a inscrição (até dia 23 Outubro) para o email solarotas@gmail.com, deixando o nome e contacto, assim como o número de acompanhantes.

Esperamos que gostem, tal como nós gostamos. Segue-se algumas fotos do reconhecimento efectuado no passado dia 10 de Outubro pelo Carlos e Sérgio.











  • Percurso: PR 1 VRM
  • Nome: Costa dos Castanheiros (este percurso faz parte da caminhada)
  • Local: Aldeia de Agra, Rossas em Vieira do Minho
  • Partida/Chegada: Café Turismo às 9:00
  • Tipo: Circular
  • Distância: 12 km
  • Grau: Fácil
  • Data: 2009-09-25
  • Tipo de Almoço: Volante
  • Participantes SR: Jorge, Sérgio, Carlos, Dores, Carla, Leonel, Nuno, Catarina, Sónia, Margarida, Zé, Ricardo, Francisco
  • Participantes: falta colocar informação
  • Dicas: Chapéu, impermeável, muda de roupa e água
  • Mapa: Costas dos Castanheiros - frente e verso
  • Outras informações: CM Vieira do Minho, Via Michelin, Aldeia Rural de Agra
  • Organização: Solas Rotas
  • Inscrição: solarotas@gmail.com (nome, contacto, nº participantes)
  • GPS: N 41º 35' 44.65'' - W 8º 2' 29.26''
  • Kms: 200km (100km + 100km)
  • Portagens: €12.4 (6.20 + 6.20)
  • Tempo de Viagem: 1:20H
  • Concentração: Estação de Ermesinde às 7:00 ou no local da partida às 9:00
  • Atenção: A caminhada não inclui seguro

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mini Caminhada no Porto a 18 Outubro



O grupo Solas Rotas vai estar representado na Mini Caminhada no próximo dia 18 de Outubro de 2009.
  • Dia: 18 de Outubro de 2009 (Domingo)
  • Hora: 10:00
  • Início: Av. Paiva Couceiro (Por baixo da Ponte do Freixo)
  • Inscrições: aqui
  • Custo: 2,00€
  • Distância: 5 Km (10 km a contar com o regresso)
  • Percurso: Partida, Av. Paiva Couceiro (Por baixo da Ponte do Freixo), Av. Gustavo Eifel, Rua Nova da Alfândega, Alameda Basílio Teles, Rua do Ouro, Jardim do Calém/Fluvial
  • Participantes SR: Carlos, Nuno, Leonel, Dores, Carla, Sérgio, Catarina, Margarida, Francisco
  • Mapa: SportZone
Mais informações em http://www.meiamaratonasportzone.com

domingo, 11 de outubro de 2009

Moinhos do Ave em Vieira do Minho

No dia 10 de Outubro, foi descoberto a Tritão (1846), inaugurado o Canal do Panamá (1913) e o jogo Pac Man (1879) apareceu de olhos em bico. Não andamos 4.500 milhões de quilómetros, mas pareceu. Tivemos para nadar 82 km, mas não choveu. Não encontramos nenhum Fac-Man, mas a deglutir somos melhores.

O objectivo inicial era fazer o reconhecimento para a II Caminhada - Costa dos Castanheiros, a organizar pelo nosso grupo no próximo dia 25. Partimos do Porto, ainda as galinhas não se tinham deitado, seguindo as indicações do mapa do percurso entramos numa "estrada florestal"... Infelizmente não trouxemos a chaimite. Mudamos o ponto de partida da próxima caminhada, ficando assim demonstrado a importância de um reconhecimento prévio.

Ao primeiro sinal (caminho certo), mesmo antes de chegar "a uma antiga Casa de Guarda", paramos a carroficina, ou seja a necessidade do carro ir parar a uma oficina, e galgamos a pé. Afinal, é para isso que o nosso grupo existe, romper solas e contribuir para diminuir o desemprego.

Entramos, sem pedir licença, em todos as ramificações do caminho principal e anotamos pontos de interesse. Quando chegamos ao Café Turismo, perto da Aldeia de Agra, falamos com o dono, o senhor José. Uma simpatia de pessoa que tira uns cafés... quentes. Confidenciou que já tinha sido emigrante na França, mas não resistiu ao chamamento da terra. Conhece a Serra da Cabreira como a sua palma da mão e quando nos disse que estávamos no caminho errado... devíamos de ter acreditado sem reservas. Apenas no Cruzeiro da Aldeia de Agra se fez luz, mas não a suficiente, porque decidimos fazer o percurso dos Moinhos do Ave, que se situa entre as aldeias de Lamedo e de Agra.


Ainda não tínhamos feito todo o percurso no sentido inverso, visto que é linear, quando avistamos um bode suspeito. Um compadre, porque tivemos perto de sermos o bode expiatório da sua agressividade. Juro que não estava interessado nas suas ovelhas.

Começamos a calcorrear o percurso como este faz sentido e sempre junto do rio. Inicia na margem direita (ver como determinar a margem) das lágrimas derramadas pela pastora que queria ser ave, o Rio Ave. A primeira paragem foi na ponte romana, que apenas deve ser atravessada para explorar a zona. As marcas da velhice são atravessadas por uma cicatriz recente, que presumo seja um cabo de electricidade. Uma operação não plástica era mais aconselhada.


Ainda na margem direita do rio, continuamos a subir. Fomos descobrindo pormenores deliciosos por entre a vegetação. O jogo das escondidas era feito com mestria. Onde está o rio? Está aqui. Onde está o rio? Está aqui já disse!


Sem nos apercebermos chegamos à... coisa. Vá lá... não custa nada. Leia, em vez de levar, na tabuleta.


Como não tinha bebido muita cerveja, o caudal era fraquinho. Imagino como será nos festivais de Inverno na serra.


Por entre brumas, entramos em pequenos recantos, onde: não me perdi; não andei sozinho; não ardi; fui porque quis e era senhor dum tempo finito. Nesses momentos chegamos a imaginar, a criatividade ou o fumo assim o obriga, que vimos a toca de um lobo. Falso alarme. E não terminamos o resto do percurso em menos de 5 minutos, mais rápidos do que o Francis. Atravessamos o rio e agora caminhávamos na sua margem esquerda.


Atravessamos o rio e agora caminhávamos novamente na sua margem direita. O percurso não é homologado, mas podia estar melhor sinalizado. O rio, nesta parte do percurso, veste a sua camisola de pura lá e não é só no inverno. As autoridades responsáveis por estes percursos deviam tosquiar mais vezes. Embora o som do rio a correr seja uma bênção, uma imagem deste vale com certeza mil palavras.


Não dá para ver o rio... procura-se uma ave. Há imensos animais pela serra, mas apenas vi uma cobra a atravessar o meu caminho. Tinha para ai uns 5 metros, 1 metro, 5 centímetros... era uma minhoca.


Continuamos pelo caminho, com algumas subidas, mas de pouca inclinação. O meu broder foi para trás buscar algo que se esqueceu... Ah!?... Está a dizer-me que não perdeu nada! Afinal era uma foto tirada quando estávamos a ir para o inicio do percurso. Enganadores.


Partes do percurso era de uma beleza irrepreensível. A natureza vestia alta costura em tons de verde e calçava uns sapatos salto alto acastanhados.


Estávamos a chegar ao fim (ou era no inicio, já não sei bem) do percurso e um incauto caminhante olhava para o céu. Dahhh... "Está a procura do Ave no céu?" - diria o meu amigo angolano. A subida para a Aldeia de Agra foi feita devagar e por etapas, mas conseguimos chegar no mesmo ano. A Aldeia de Agra é classificada como Aldeia de Portugal e vale a pena desgostar as suas gentes, património, cultura e claro, a sua gastronomia. Nós? Nós, fomos ainda fazer o reconhecimento do caminho certo para a II caminhada organizada pelo nosso grupo.

Boa(s) caminha(das).

  • Nome: Trilho "Moinhos do Ave"
  • Local: Lamedo (Vieira do Minho)
  • Partida/Chegada: Lamedo (Vieira do Minho) - Agra (Vieira do Mundo)
  • Tipo: Linear
  • Distância: 4 km (8km ida/volta)
  • Grau: Fácil/Moderado (devido à chuva)
  • Data: 2009-10-10
  • Participantes SR: Sérgio, Carlos
  • Duração: 3 h
  • Organização: Solas Rotas